Koicha niwa yukagen atsuku fuku wa nao awa naki yo ni katamari mo naku
“Para koicha, mantenha quente a temperatura da água,
e faça o chá de modo que não haja espuma e nenhum grumo.”
No koicha, mais importante do que qualquer coisa é a temperatura da água aquecida e quem lida com isso, de acordo com o calor ou frio de cada estação do ano; é um verdadeiro chajin e pode-se dizer que é hábil no temae.
É difícil explicar sobre a temperatura da água aquecida, mas se tomar como exemplo a cerimônia do chá completa (chaji) na época de ro 炉, onde, após ingressarem todos os convidados, realiza-se, de imediato, a primeira cerimônia do carvão (shozumi), e quando está por terminar a refeição (kaiseki), escuta-se o som borbulhante da água fervente no kama. Ocorre um intervalo, e na última parte (goza) quando o koicha é misturado o som da água borbulhando deve ter diminuído. Indicando que esta temperatura é a ideal.
Mas tal como diz no Poema, é melhor a temperatura ser quente que morna.
O “grumo” é o que popularmente se denomina em japonês de dango [bolinho macio de farinha de arroz]. Para evitá-lo, antes de colocar o chá na tigela deve-se enxugá-la bem e no início conter-se em amassar muito o chá. Se a quantidade de água quente que colocar na primeira vez for pouca, pode ser que apareçam grumos enquanto está misturando. A água quente acrescentada na segunda vez é para regular e diluir apropriadamente o chá que está mesclando.
Setembro de 2017